quarta-feira, 27 de julho de 2016

Porque arte popular... É Só Querê Fazê


O nome é auto explicativo! Parece tão obvio que nem precisaria de explicações, mas, para todos os efeitos, e a quem interessar, aí vai um pouquinho da história e do que vem a ser o Coletivo É Só Querê Fazê, que deixa sua marca por onde passa.
O Coletivo É Só Querê Fazê surgiu em meados de 2010, na cidade de Goiânia. A vontade e a necessidade de não cair no anonimato, de fazer um trabalho diferente e independente, foi a força motriz desse movimento. A ideia veio da feliz união de artistas de circo, teatro e música, que, na busca de um fazer artístico autônomo e espontâneo, se reuniam de forma voluntária e despretensiosa, até mesmo antes da ideia de se formatar como coletivo. O objetivo nunca foi apenas gerar lucros, embora isso se desse como consequência e fosse muito importante para a mantenedura dos artistas, mas também de fomentar a arte e a cultura popular pela cidade. Ou, como diriam os integrantes do SQF: “A intenção não é fazer dinheiro, é fazer história”.
O Só Querê Fazê não se limita a uma lista de pessoas ou a uma definição pragmática e encerrada. Contudo há um grupo de pessoas mais frequente nas reuniões e ações do coletivo, que, por consequência acabam ficando à frente da equipe, encabeçando projetos, dando manutenção nos arquivos e cuidando para que a história do grupo se perpetue.
Pode-se dizer que o SQF é ainda um sentimento de proatividade, de dinamismo, que move esse grupo de pessoas em prol do fazer artístico colaborativo e independente. Quem entende o “espírito da coisa”, pode agregar ações e contribuir com esse movimento. É como uma grande família, que se configura mais ou menos como tal: com vários parentes e agregados, uns mais próximos, outros mais distantes, mas todos com os mesmos propósitos e ideais, que é a força o que os une.
Durante a trajetória do coletivo, muitas intervenções foram e vem sendo feitas no cenário artístico goiano. Participaram de importantes festivais culturais da cidade e do estado (e fora dele), tais como Galhofada, Pé Rachado, Motriz, Encontro Goiano de Malabares e Circo, FICA, Palhaçada, Encontro de Palhaços de Anápolis, Festival de Circo de Taquaruçu (TO) e Festival Goiânia em Cena, dentre outros. O coletivo atua também como um efervescente cultural, que cria projetos e ações como o “Bloco Vai Quem Qué Pro Circo” e a “Caravana do Circo Tapa Beco” que acontece na Cidade de Goiás, e foi idealizado para resgatar a cultura do circo sem lona, da arte independente e do artista saltimbanco.
O “Bloco Vai Quem Qué Pro Circo”, por sua vez, proporciona ao público goianiense um cortejo brincante saudável e divertido, sem vínculos com empresas privadas, partidos políticos ou quaisquer organizações que não o próprio coletivo. É ainda, uma forma lúdica de protesto e de reflexão sobre questões como a destinação dos recursos de políticas públicas voltadas para a arte, por exemplo.
Ainda hoje o coletivo segue fazendo seu trabalho nas ruas, praças, semáforos, palcos picadeiros, lonas, becos, e outros tantos lugares. Continuam encantando pessoas de todas as idades por onde passam, e agregando cada vez mais parceiros, mostrando que a arte de rua pode e deve ser valorizada como qualquer outra, e que esse novo fazer circense está, a cada dia, conquistando mais espaço no universo cultural das cidades.
E é por esses e outros motivos que o Coletivo É Só Querê Fazê é o homenageado deste ano do 10º Encontro Goiano de Malabares e Circo, que acontecerá dos dias 22 a 28 de agosto, no Conjunto Itatiaia, região norte de Goiânia. Esta merecida homenagem faz parte de uma programação extensa e cheia de surpresas. Quem puder, recomendo a ir conferir de perto, valerá muito a pena!


Larissa de Paula  27/07/2016

Um comentário:

  1. Boa Larissssa! Orgulhosos de fazer parte de tudo isso. Amu6
    Há braços circenses!!!

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