O nome é auto explicativo! Parece tão
obvio que nem precisaria de explicações, mas, para todos os efeitos, e a quem
interessar, aí vai um pouquinho da história e do que vem a ser o Coletivo É Só Querê Fazê, que deixa sua
marca por onde passa.
O Coletivo É Só Querê Fazê surgiu em meados de 2010, na cidade de
Goiânia. A vontade e a necessidade de não cair no anonimato, de fazer um
trabalho diferente e independente, foi a força motriz desse movimento. A ideia
veio da feliz união de artistas de circo, teatro e música, que, na busca de um
fazer artístico autônomo e espontâneo, se reuniam de forma voluntária e
despretensiosa, até mesmo antes da ideia de se formatar como coletivo. O
objetivo nunca foi apenas gerar lucros, embora isso se desse como consequência
e fosse muito importante para a mantenedura dos artistas, mas também de fomentar
a arte e a cultura popular pela cidade. Ou, como diriam os integrantes do SQF:
“A intenção não é fazer dinheiro, é fazer história”.
O Só Querê Fazê não se limita a uma
lista de pessoas ou a uma definição pragmática e encerrada. Contudo há um grupo
de pessoas mais frequente nas reuniões e ações do coletivo, que, por
consequência acabam ficando à frente da equipe, encabeçando projetos, dando manutenção
nos arquivos e cuidando para que a história do grupo se perpetue.
Pode-se dizer que o SQF é ainda um
sentimento de proatividade, de dinamismo, que move esse grupo de pessoas em
prol do fazer artístico colaborativo e independente. Quem entende o “espírito
da coisa”, pode agregar ações e contribuir com esse movimento. É como uma
grande família, que se configura mais ou menos como tal: com vários parentes e
agregados, uns mais próximos, outros mais distantes, mas todos com os mesmos
propósitos e ideais, que é a força o que os une.
Durante a trajetória do coletivo, muitas
intervenções foram e vem sendo feitas no cenário artístico goiano. Participaram
de importantes festivais culturais da cidade e do estado (e fora dele), tais
como Galhofada, Pé Rachado, Motriz, Encontro Goiano de Malabares e Circo, FICA,
Palhaçada, Encontro de Palhaços de Anápolis, Festival de Circo de Taquaruçu
(TO) e Festival Goiânia em Cena, dentre outros. O coletivo atua também como um efervescente
cultural, que cria projetos e ações como o “Bloco Vai Quem Qué Pro Circo” e a “Caravana
do Circo Tapa Beco” que acontece na Cidade de Goiás, e foi idealizado para
resgatar a cultura do circo sem lona, da arte independente e do artista
saltimbanco.
O “Bloco Vai Quem Qué Pro Circo”, por
sua vez, proporciona ao público goianiense um cortejo brincante saudável e
divertido, sem vínculos com empresas privadas, partidos políticos ou quaisquer
organizações que não o próprio coletivo. É ainda, uma forma lúdica de protesto
e de reflexão sobre questões como a destinação dos recursos de políticas
públicas voltadas para a arte, por exemplo.
Ainda hoje o coletivo segue fazendo seu
trabalho nas ruas, praças, semáforos, palcos picadeiros, lonas, becos, e outros
tantos lugares. Continuam encantando pessoas de todas as idades por onde
passam, e agregando cada vez mais parceiros, mostrando que a arte de rua pode e
deve ser valorizada como qualquer outra, e que esse novo fazer circense está, a
cada dia, conquistando mais espaço no universo cultural das cidades.
E é por esses e outros motivos que o Coletivo É Só Querê Fazê é o homenageado
deste ano do 10º Encontro Goiano de Malabares e Circo, que acontecerá dos dias
22 a 28 de agosto, no Conjunto Itatiaia, região norte de Goiânia. Esta merecida
homenagem faz parte de uma programação extensa e cheia de surpresas. Quem
puder, recomendo a ir conferir de perto, valerá muito a pena!
Larissa de Paula
27/07/2016
Boa Larissssa! Orgulhosos de fazer parte de tudo isso. Amu6
ResponderExcluirHá braços circenses!!!